É lamentável a situação das igrejas evangélicas escancarada
pela mídia. São muitos os rostos que estampam jornais, revistas e a telinha nos
mais diversificados horários. O discurso é o mesmo: prosperidade, correntes,
milagres, unções, decretos, promessas de curas e problemas resolvidos.
Antigamente os programas evangélicos na tv terminavam com um apelo para que os
telespectadores escrevessem solicitando estudos bíblicos ou orientação
espiritual, hoje o apelo é para que depositem nas contas bancárias ou se filiem
como mantenedores do ministério.(aceitam até cartão de crédito) Ministérios
estes que usam o horário televisivo para responder ataques pessoais de
adversários ou atrair incautos para a multidão de seus auditórios. Infelizmente
os adversários atacados publicamente não são os que a bíblia nos
adverte:Satanás, o pecado e a morte; mas o colega de profissão que tem ponto
doutrinário diferente, ou pertence a alguma ala política contrária. Quando digo
"colega de profissão", digo com coração apertado, pois o ministério
pastoral deixou de ser vocação sacerdotal para ser profissão almejada por
muitos, afinal os salários, prestígio e conforto são bem atraentes. A igreja
está envenenada pelo poder. Poder da mídia, poder político, poder econômico.
Poderes incompatíveis com o poder do Evangelho. O veneno da serpente inoculou a
mente e coração de pessoas sinceras que estavam no caminho da grande comissão
pregando a água viva e o pão do céu. Pouco a pouco passaram a pregar ouro,prata
e não mais o precioso sangue de Jesus. A pregação de humildade e santidade deu
lugar à autoridade e prosperidade. Mudaram a graça em mérito, o amor
incondicional em amor material. Mudaram as palavras de perdão e salvação em
palavras de condenação e condição. As pessoas caminham para o ateísmo e
agnosticismo, pois a igreja está transfigurada e não reflete mais a imagem e
semelhaça do Deus vivo. O mundo está confuso, aliás ele tem uma certeza: esse
Deus dos evangélicos eu não acredito, pois quem me pode provar? A igreja deixou
de ser coluna e esteio da verdade , pois não sustenta e não revela coerência
entre discurso e prática, não vive na semana o que vive no domingo, não é em
casa quem deveria ser a qualquer tempo e lugar. A salvação não é proclamada, o
pecado não é confrontado, a bíblia não é estudada, a fé não é pensada. Vale o
arrepio, o pranto, o canto, a dança, a religiosidade vazia, o que permite a
tantos estarem próximos do reino, mas sem salvação. O grante antídoto está na
preservação do puro e genuíno evangelho: O evangelho da graça salvadora em
Cristo Jesus Nosso senhor, que nos transportou da trevas para sua maravilhosa
luz, que nos elegeu pela sua presciência para que vivamos o grande mandamento e
a grande comissão. Que o Senhor tenha misericórdia de sua igreja!
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