Em tempos de pandemia pelo COVID-19 saltam dos
livros de história para nossa realidade, o risco de contágio e morte, não só na vizinhança, mas no nosso lar.
A rotina do mundo se transforma de um dia
para
outro e dentro a tantas medidas de contenção da disseminação rápida e letal,
está o isolamento social.
Tempo de reaprender a ficar em casa sozinho ou com
familiares, tempo de esquecer o relógio, tempo de abrir velhos baús de
recordações, livros e músicas. Tempo de sobra para as mídias sociais, para
entretenimento virtual, para conversas-fiadas…
E exposto nosso novo cenário, medito no papel da
igreja cristã, aquela noiva que deve estar com as lâmpadas cheias de azeite
esperando o noivo para as bodas.
Será que ela reconhece nessa pandemia os passos do
noivo se aproximando?
Será que suas lâmpadas estão acesas?
Temo que as respostas sejam negativas, a igreja
está acomodada no isolamento social.
A igreja está entretida consigo mesma entre quatro
paredes.
O mundo morre de fome enquanto a igreja
saciada do Pão da Vida continua se satisfazendo com delivery, pipocas,
sorvetes e delícias.
O mundo grita sedento por água e a igreja saciada
com a Água Viva dorme o sono dos justos no conforto de seu lar.
O mundo clama por alívio para o sofrimento e a
igreja surda pelos fones de ouvido, não escuta.
O mundo pede uma mão e a igreja não estende a mãos,
pois estão ocupadas pelas manetes e controles remoto.
O mundo pede uma direção e a igreja se desvia
por medo de contágio ou de comprometimento.
Urge o despertar da igreja!
Urge o envolvimento no mundo!
Não apenas dar o que comer ao faminto, mas nutrir a
alma.
Não apenas dar de beber ao sedento, mas saciar a
alma.
Não apenas hospedar o estrangeiro, mas ensinar-lhe
que Deus pode fazer em nós morada.
Não apenas vestir o nu, mas dar-lhe vestes alvas
lavadas pelo sangue de Cristo.
Não apenas visitar o doente, mas curar-lhe a alma
pela Palavra.
Não apenas visitar o preso, mas mostrar-lhe a
libertação pela Verdade.
A noiva precisa apresentar o noivo ao mundo!
Há muito para fazer, sem máscara, sem preguiça, sem
medo, sem medo da morte.
Nosso relacionamento vertical é o que enche
nossas lâmpadas de azeite para fazer a diferença no relacionamento horizontal!
Não devemos nos acovardar diante de tamanha
responsabilidade, somos apenas instrumentos do Espírito Santo.
A igreja de Cristo, precisa trocar o isolamento
social pelo comprometimento social!
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