terça-feira, 17 de agosto de 2021

A igreja e o isolamento social

 


"Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." Mateus 25.35-40

Em tempos de pandemia pelo COVID-19 saltam dos livros de história para nossa realidade, o risco de contágio e morte, não só na vizinhança, mas no nosso lar.

A rotina do mundo se transforma de um dia
para outro e dentro a tantas medidas de contenção da disseminação rápida e letal, está o isolamento social.

Tempo de reaprender a ficar em casa sozinho ou com familiares, tempo de esquecer o relógio,  tempo de abrir velhos baús de recordações, livros e músicas. Tempo de sobra para as mídias sociais, para entretenimento virtual, para conversas-fiadas…

E exposto nosso novo cenário, medito no papel da igreja cristã, aquela noiva que deve estar com as lâmpadas cheias de azeite esperando o noivo para as bodas.

Será que ela reconhece nessa pandemia os passos do noivo se aproximando?

Será que suas lâmpadas estão acesas?

Temo que as respostas sejam negativas, a igreja está acomodada no isolamento social. 

A igreja está entretida consigo mesma entre quatro paredes.

O mundo morre de fome enquanto a igreja  saciada do Pão da Vida continua se satisfazendo  com delivery, pipocas, sorvetes e delícias.

O mundo grita sedento por água e a igreja saciada com a Água Viva dorme o sono dos justos no conforto de seu lar.

O mundo clama por alívio para o sofrimento e a igreja surda pelos fones de ouvido, não escuta.

O mundo pede uma mão e a igreja não estende a mãos, pois estão ocupadas pelas manetes e controles remoto.

O mundo pede uma direção e a igreja se desvia  por medo de contágio ou de comprometimento.

Urge o despertar da igreja!

Urge o envolvimento no mundo!

Não apenas dar o que comer ao faminto, mas nutrir a alma.

Não apenas dar de beber ao sedento, mas saciar a alma.

Não apenas hospedar o estrangeiro, mas ensinar-lhe que Deus pode fazer em nós morada.

Não apenas vestir o nu, mas dar-lhe vestes alvas lavadas pelo sangue de Cristo.

Não apenas visitar o doente, mas curar-lhe a alma pela Palavra.

Não apenas visitar o preso, mas mostrar-lhe a libertação pela Verdade.

A noiva precisa apresentar o noivo ao mundo!

Há muito para fazer, sem máscara, sem preguiça, sem medo, sem medo da morte.

Nosso relacionamento vertical  é o que enche nossas lâmpadas de azeite para fazer a diferença no relacionamento horizontal!

Não devemos nos acovardar diante de tamanha responsabilidade, somos apenas instrumentos do Espírito Santo.

A igreja de Cristo, precisa trocar o isolamento social pelo comprometimento social!

 

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